Confiamos os dois. Prontos a correr alinhados desde o tiro de partida. A ideia de paixão nasce da fuga aos dias sós. É a alegria nas mortais palavras. Expande-se a promessa do amor, crença que perdura no melhor fim. Quero conhecer as marcas do teu corpo, liso ou rugoso, examinar-te a alma, fundir a felicidade que há em nós. Vou querer roubar-te para mim, viajar no silêncio para regressar mais tarde. Para assim ficarmos depois.
Ao contrário de outros, as minhas aulas de Educação Visual eram um pesadelo: o lápis impelia-me a encher a folha de cavalinho A4 de traços indefinidos, que só a muito custo, quiçá com a colaboração de um técnico de psicologia, se poderia aferir o significado. Na pintura não me saí melhor, a palete de cores primárias, sempre à espera do processo dinâmico de construção de ambientes mais e mais complexos, cedo se decepcionava com o Eu “artista” - angustiava-me não conseguir expressar-me na tela vazia, de encher o mundo, que para mim era só aquela sala repleta de aspirantes à arte futura. Confesso que escrever é para mim mais fácil, eu sei que as crianças começam por rabiscar no branco do papel, atabalhoadamente, sem desistir, a sua casa, a mãe, o pai, o irmão “mais” grande, o cão, o gato ou a galinha. A verdade é que desaprendi tudo isso. Logo que entrei para a escola, dediquei-me a desenhar letras como me tivessem a pedir para fazer um retrato. Ao longo dos anos, com o tique de apanh...
Gosto! bjs
ResponderEliminar