Acordei ao som de um barulho estranho, seco. A tua caixa, a tua caixa. Num impulso, saí do quarto mal desperto, num salto cheguei à sala. O gato, em plena acção, fazia deslizar pelo chão o precioso objecto. Eu, guardião improvável de memórias alheias: daquelas partilhadas em noites improváveis, perito em levantar nevoeiros em dias radiosos, barqueiro nas águas de fogo, estava derrotado. O jogo inocente de um felino (Felis silvestris catus) destruiu toda a poesia que um sonho pode conter.
E nunca mais te vi.
E nunca mais te vi.
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